A crise financeira mundial e alguns impactos na agricultura brasileira: o caso da soja no Rio Grande do Sul

Por Argemiro Luís Brum y Daniel Claudy da Silveira
Departamento de Economia e Contabilidade – DECon/UNIJUÍ
Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

A forte liquidez e a euforia internacional, ligada ao dinheiro fácil (especulação), os gastos descontrolados, à custa de forte endividamento, alavancaram as economias mundiais entre 2002 e 2007. Este período de enorme crescimento e liquidez econômica alimentou um processo especulativo que acabou elevando os preços das mercadorias e aquecendo a economia global. Assim, as commodities mundiais tiveram seus preços elevados, frutos da especulação do sistema financeiro. Após este processo de euforia, o mercado se auto-ajustou, buscando corrigir os excessos do período anterior, provocando um “crash” na economia mundial, que teve seu epicentro nos Estados Unidos da América (EUA), com o estouro da bolha imobiliária naquele país. Este processo teve consequências duras para a economia mundial, gerando uma onda de recessão, e penalizando de forma generalizada o setor produtivo em geral, ou seja, a economia real. No Brasil, um dos setores atingidos foi o da produção primária. Neste sentido, o presente trabalho busca esclarecer de que forma a crise financeira mundial atingiu especificamente a cadeia da soja, tomandose como referência o Estado do Rio Grande do Sul. A guisa de conclusão, nota-se que os preços internos do produto, nesse Estado, após subirem a níveis de R$ 50,00/saco de 60 quilos em meados de 2008, quando Chicago bateu seu recorde histórico (US$ 16,58/bushel no início de julho daquele ano) puxado pela euforia especulativa, recuaram para R$ 33,00/saco na primeira metade de 2010, em função da recessão econômica mundial que levou o bushel de soja, em Chicago, a recuar para a média de US$ 9,55 no período. Desta forma, a perda de renda por parte da cadeia produtiva da soja gaúcha, e particularmente por parte de seus produtores rurais, foi enorme já que a produtividade se mantém estagnada. Ver artículo completo.

Palavras-chave: Processo especulativo, Economia mundial, Setor produtivo, Rio Grande do Sul, Liquidez internacional.

Strong international liquidity and the euphoria linked to the easy money (speculation), the runaway spending at the expense of heavy debt, leveraged the economies between 2002 and 2007. This period of tremendous growth and economic liquidity fueled a speculative process that ended up raising the prices of goods and warming the global economy. Thus, the global commodities have had their prices high, the fruit of speculation in the financial system. After this process of euphoria, the market is auto-set, seeking to correct the excesses of the previous period, causing a crash in the global economy, which had its epicenter in the United States of America (USA), with the bursting of the housing bubble that country. This process had harsh consequences for the world economy, generating a wave of recession, and widely penalizing the industry in general, or the real economy. In Brazil, one of the affected sectors were the primary production. In this sense, this paper seeks to clarify how the global financial crisis hit the chain specifically soybeans, taking as reference the State of Rio Grande do Sul The conclusion, note that the domestic price of the product, that State, after rising to levels of R$ 50.00/bag of 60 pounds in mid-2008 when Chicago beat his record (US$ 16.58/bushel in early July of that year) driven by speculative euphoria, decreased to R$ 33.00/bag in the first half of 2010, according to the global economic recession which led to a bushel of soybeans in Chicago, to retreat to the average of US$ 9.55 in the period. Thus, the loss of income by the soy state, and particularly by its farmers, has been enormous since productivity remains stagnant. Read the full article.

Key words: Speculative Process, Global Economics, Productive Sector, Rio Grande do Sul, International Liquidity.

Publicado en Finanzas, Nº6 - Febrero 2011

Deja una respuesta

Tu dirección de correo electrónico no será publicada. Los campos obligatorios están marcados con *

*

Categorías